Introdução: Os estudos teóricos das representações sociais (RS) na acepção jodeletiana nos mostram o quanto o progresso da teoria das representações sociais (TRS) está imbricado com as dimensões das pesquisas aplicadas e dos contextos que se apresentam na vida cotidiana, especialmente quando as situações concretas levam em consideração as dimensões culturais, sociais, ambientais, entre outras, e se constituem como fenômenos das representações sociais, tendo eco no olhar moscoviciano e na abordagem jodeletiana. Objetivo: Elucidar reflexões sobre o fenômeno morte nas representações sociais da contemporaneidade, consequentemente contribuir com olhares e espelhos de percepção do eu-outro e outro-outros, no entendimento da empatia. Método: Observação do fenômeno morte nas representações sociais. A morte para este estudo foi a de uma cantora-compositora, Marília Mendonça, consagrada como “rainha da sofrência”, que morreu tragicamente num acidente de avião e que chama a atenção de milhões de brasileiros/as com essa perda. Para esse fenômeno morte, existe um objeto de estudo bem específico que é a morte da cantora-compositora, mesmo sabendo das mortes dos demais envolvidos no acidente e que foram extremamente dolorosas. O instrumento de investigação foram as notícias veiculadas nos meios midiáticos, como a TV, Whatsapp, facebook, Instagram. Resultados: A morte representa dor, choros, tristezas, angústias, clamor de dores, comoção, emoção, sentimentos de incapacidade para modificar a situação existente, porém, no caso da nossa “rainha da sofrência”, essa dor se reverbera pelo fato do carisma existente do ser humano que ela representa para a sociedade. Existia um olhar para o que ela protagonizou como mulher, senhora, mãe. O fato de a mesma ter apenas 26 anos e no auge da sua coroação como profissional, pelo desenvolvimento da cultura, pelo empoderamento da mulher, e ter um filho de menos de dois anos, levou a uma identidade entre muitas mães, ou seja, no espelho da vida você se vê no outro, logo a empatia se estabelece. Percebemos que essa experiência de vida cotidiana nos aproxima do entendimento de como as representações sociais ocorrem pelas informações veiculadas (difusão), propagação (atitudes) e propaganda (ações), como enunciada no pensamento moscoviciano. Logo, dos sentimentos de perdas e dores, surgem as possibilidades de ressignificação desse momento. Isto acontece por meio das lembranças, do seu (en)cantar, da sua história vivida, e como a própria televisão nos sensibiliza a homenagear seu precioso trabalho de vida, expresso no tributo à nossa “rainha da sofrência”. Conclusão: As reflexões do fenômeno morte nas representações sociais, especialmente para o objeto do estudo, morte da cantora “rainha da sofrência”, nos fazem perceber os nossos olhares e nossos espelhos que modificam os olhares e espelhos de percepção do eu-outro e outro-outros, na concepção da empatia. Para os estudos das representações sociais da contemporaneidade, aduz-se o quanto é fundamental ir para as dimensões da subjetividade, explicitada na interpretação jodeletiana, bem como perceber as informações veiculadas na vida cotidiana, nas experiências de vida e nas possibilidades de ressignificação.
Introdução: Os estudos teóricos das representações sociais (RS) na acepção jodeletiana nos mostram o quanto o progresso da teoria das representações sociais (TRS) está imbricado com as dimensões das pesquisas aplicadas e dos contextos que se apresentam na vida cotidiana, especialmente quando as situações concretas levam em consideração as dimensões culturais, sociais, ambientais, entre outras, e se constituem como fenômenos das representações sociais, tendo eco no olhar moscoviciano e na abordagem jodeletiana. Objetivo: Elucidar reflexões sobre o fenômeno morte nas representações sociais da contemporaneidade, consequentemente contribuir com olhares e espelhos de percepção do eu-outro e outro-outros, no entendimento da empatia. Método: Observação do fenômeno morte nas representações sociais. A morte para este estudo foi a de uma cantora-compositora, Marília Mendonça, consagrada como “rainha da sofrência”, que morreu tragicamente num acidente de avião e que chama a atenção de milhões de brasileiros/as com essa perda. Para esse fenômeno morte, existe um objeto de estudo bem específico que é a morte da cantora-compositora, mesmo sabendo das mortes dos demais envolvidos no acidente e que foram extremamente dolorosas. O instrumento de investigação foram as notícias veiculadas nos meios midiáticos, como a TV, Whatsapp, facebook, Instagram. Resultados: A morte representa dor, choros, tristezas, angústias, clamor de dores, comoção, emoção, sentimentos de incapacidade para modificar a situação existente, porém, no caso da nossa “rainha da sofrência”, essa dor se reverbera pelo fato do carisma existente do ser humano que ela representa para a sociedade. Existia um olhar para o que ela protagonizou como mulher, senhora, mãe. O fato de a mesma ter apenas 26 anos e no auge da sua coroação como profissional, pelo desenvolvimento da cultura, pelo empoderamento da mulher, e ter um filho de menos de dois anos, levou a uma identidade entre muitas mães, ou seja, no espelho da vida você se vê no outro, logo a empatia se estabelece. Percebemos que essa experiência de vida cotidiana nos aproxima do entendimento de como as representações sociais ocorrem pelas informações veiculadas (difusão), propagação (atitudes) e propaganda (ações), como enunciada no pensamento moscoviciano. Logo, dos sentimentos de perdas e dores, surgem as possibilidades de ressignificação desse momento. Isto acontece por meio das lembranças, do seu (en)cantar, da sua história vivida, e como a própria televisão nos sensibiliza a homenagear seu precioso trabalho de vida, expresso no tributo à nossa “rainha da sofrência”. Conclusão: As reflexões do fenômeno morte nas representações sociais, especialmente para o objeto do estudo, morte da cantora “rainha da sofrência”, nos fazem perceber os nossos olhares e nossos espelhos que modificam os olhares e espelhos de percepção do eu-outro e outro-outros, na concepção da empatia. Para os estudos das representações sociais da contemporaneidade, aduz-se o quanto é fundamental ir para as dimensões da subjetividade, explicitada na interpretação jodeletiana, bem como perceber as informações veiculadas na vida cotidiana, nas experiências de vida e nas possibilidades de ressignificação.
Primary Language | Turkish |
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Journal Section | REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NA CONTEMPORANEIDAD |
Authors | |
Early Pub Date | March 30, 2022 |
Publication Date | October 31, 2022 |
Submission Date | January 24, 2022 |
Acceptance Date | March 24, 2022 |
Published in Issue | Year 2022 Volume: 7 Issue: Special Issue |
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