Introdução: O contexto gerado pela pandemia da COVID-19 trouxe impactos à assistência e cuidados prestados pelos profissionais de saúde. A fadiga e a sobrecarga sofridas fizeram com que os olhares se voltassem a um novo dimensionamento, especialmente no que diz respeito ao cuidado ao idoso. No início da pandemia, grande parte da clientela hospitalar era idosa, população que requer mais cuidados relacionados à sua funcionalidade, indispensável quando se trabalha com essa população, e à sua condição clínica. Neste contexto, é necessário conhecer a complexidade dos pacientes para dimensionamento adequado da equipe e melhor assistência em saúde. Objetivo: Descrever a complexidade da assistência de Enfermagem prestada a idosos hospitalizados durante a pandemia da COVID-19. Método: Estudo descritivo, transversal, de caráter quantitativo, realizado em uma instituição hospitalar pública de ensino do Paraná junto a 164 idosos internados nos setores de clínica médica e cirúrgica, no período de outubro de 2020 a abril de 2021. A coleta de dados foi realizada na beira leito, entre o primeiro e terceiro dia de internamento no setor de clínicas, podendo esses pacientes serem advindos do pronto atendimento ou da unidade de terapia intensiva. Aplicou-se o instrumento sociodemográfico e a classificação de complexidade do cuidado através da escala de Fugulin. Os aspectos avaliados na escala abrangem o estado mental, oxigenação, sinais vitais, motilidade, deambulação, alimentação, cuidado corporal, eliminação e a terapêutica empregada. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: A amostra foi composta por idosos com idade variante entre 60 e 98 anos, (média ±71,7 anos), sendo predominante o sexo masculino (52,4%), indivíduos casados (46,3%), analfabetos ou com ensino fundamental incompleto (56,7%) e aposentados ou pensionistas (78,6%). A maioria das internações se deu após episódios de trauma ou fratura (36,0%), logo seguidos por afecções do trato gastrointestinal (16,5%) e outras especificidades (16,5%), como cuidados paliativos, suspeita de Covid-19, entre outras. Apesar de grande parte dos idosos possuir acompanhante (72,6%), verifica-se signficativa parcela desacompanhada (23,8%). A pontuação média da escala de Fugulin foi de 23,7 pontos (14±38). A maior parte dos idosos (68,3%) apresentou alta dependência e necessitou de cuidados semi-intensivos ou intensivos. Conclusões: A demanda de cuidado em saúde por parte da equipe de enfermagem junto aos idosos internados durante a pandemia da COVID-19 é alta, tornando essencial o adequado dimensionamento da equipe e gestão de recursos humanos por parte do enfermeiro. Devido ao contexto pandêmico e ao isolamento social, um grande número de idosos deixou de realizar atividades complexas de vida diária, o que pode ter impacto significativo em sua funcionalidade. Fatores como o repouso prolongado e a falta de estimulação podem levar o idoso a perder atividades de vida diária, tornando-o mais dependente, inclusive de cuidados hospitalares por parte da equipe de Enfermagem. Sendo assim, os idosos requerem desde cuidados básicos, como auxílio durante o banho de aspersão ou banho de leito, até cuidados específicos de acordo com sua situação clínico-funcional.
Enfermagem Geriátrica Cuidados de Enfermagem Idoso Hospitalização Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde
Primary Language | Turkish |
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Subjects | Nursing |
Journal Section | ACTIVIDADE FÍSICA, DESPORTO E SAÚDE EM SUA RELAÇÃO COM O COVID-19 |
Authors | |
Early Pub Date | March 30, 2022 |
Publication Date | October 31, 2022 |
Submission Date | January 24, 2022 |
Acceptance Date | June 24, 2022 |
Published in Issue | Year 2022 Volume: 7 Issue: Special Issue |
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