Introdução: O COVID-19 possui um alto índice de contagio. A fim de diminuir a taxa de transmissibilidade e o pico de incidência, foram impostas a população mundial mudanças comportamentais, individuais e coletivas, na ocupação dos espaços públicos, nos hábitos de vida e de saúde, nos padrões de consumo e nas relações pessoais e familiares. Entretanto, durante o período de quarentena, devido ao isolamento social, foi notada a exacerbação de diversos problemas psicológicos tais como: ansiedade, depressão, dentre outros. O contexto de pandemia requer atenção especial ao trabalhador de saúde no que se refere aos aspectos que concernem a sua saúde mental. Tendo em vista o quanto é essencial cuidar da saúde mental destes profissionais atuantes no combate a COVID-19, o Programa de Extensão “UEPG Abraça” da Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR, tem por objetivo prestar atendimento psicológico a discentes, docentes, agentes universitários e trabalhadores da saúde. Neste contexto, tem-se a pergunta de pesquisa: Quais são os problemas de saúde mental apresentados por profissionais de enfermagem em tempos de pandemia de COVID-19? Objetivo: Caracterizar os atendimentos psicossociais prestados a profissionais de enfermagem em um hospital universitário para o manejo de problemas de saúde mental decorrentes da pandemia de COVID-19. Método: Estudo quantitativo, observacional transversal, com questionário de levantamento sobre demandas dos profissionais de enfermagem no enfrentamento da COVID-19. Os dados foram analisados por meio do uso de coeficientes de correlação de Pearson com 5% de significância e ajustado em modelo linear, utilizando o software estatístico Statistical Package for the Social Sciences 20. A amostra foi composta por 61 profissionais de enfermagem. Resultados: Em relação ao sexo 49 (80%) sexo feminino e 12 (20%) eram do sexo masculino, com idade média geral de 33 anos. 59,02 % dos participantes descreveram esgotamento profissional. Entre as variáveis com significância estatística, no questionamento sente-se sobrecarregado com a carga de trabalho? 45 (73,77%) responderam SIM e 16 (26,23%) responderam NÃO, com valor de p=0, 001. Em relação à declaração de sentir-se assustados com carga de trabalho, 32 (52,46%) responderam SIM e 29 (47,54%) responderam NÃO, com um valor de p=0,011. Conclusões: Os impactos na saúde mental da população, impostos pela pandemia de COVID-19, tais como estresse, angustia, medo, ansiedade, tristeza, entre outros, foram identificados nos resultados da caracterização dos atendimentos psicossociais prestados aos profissionais de enfermagem atuantes na linha de frente a COVID-19. Os resultados indicaram que, em sua maioria, o recorte populacional analisado foi composto por mulheres, com média de 33 anos de idade, que não se consideravam em situação de esgotamento físico e cansaço. A queixa de cansaço foi positivamente correlacionada a sentir-se assustado ou sobrecarregado. Por fim, ressalta-se a importância do atendimento psicossocial voltado aos profissionais de enfermagem para o manejo nos problemas de Saúde Mental, seja durante ou após a pandemia, buscando intervenções para minimizar o sofrimento destes trabalhadores.
Primary Language | Turkish |
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Subjects | Public Health, Environmental Health, Nursing |
Journal Section | SAÚDE MENTAL DE DIVERSAS POPULAÇÕES EM TEMPOS DE PANDEMIA |
Authors | |
Early Pub Date | March 30, 2022 |
Publication Date | October 31, 2022 |
Submission Date | January 24, 2022 |
Acceptance Date | January 30, 2022 |
Published in Issue | Year 2022 Volume: 7 Issue: Special Issue |
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