Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um transtorno do neurodesenvolvimento, que possui características muito heterogêneas, o que corrobora para a demora de um diagnóstico correto. De forma geral, o indivíduo com TEA é caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social, além de padrões restritos, repetitivos e estereotipados, tendo como origem fatores genéticos, ambientais e epigenéticos. Afirmar um diagnóstico ao TEA não é simples, visto que precisa da união de médicos com a observação dos cuidadores. Por isso, a importância do conhecimento dos pais, professores e profissionais da atenção básica sobre este transtorno, já que ainda não existem exames laboratoriais precisos que confirmem o diagnóstico do TEA, apenas procedimentos que descartem outros transtornos ou sintomatologia que comprove as características semelhantes. Objetivo: compreender o autismo na população adulta, bem como analisar as consequências da falta de diagnóstico no início da infância e elencar os impactos da ausência de um suporte adequado, por uma equipe multidisciplinar, em adultos com diagnóstico tardio. Metodologia: o presente trabalho trata-se de uma revisão narrativa de literatura, sobre a perspectiva de vida da população adulta portadora do TEA, ocorrida no período de outubro de 2021. Os estudos foram selecionados de forma aleatória nas bases de dados: MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), indexada à Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a biblioteca eletrônica SciELO (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico, não havendo preferência por idioma e utilizando-se as palavras-chaves “autismo” e “população adulta”. Resultados: verificou-se que diagnóstico precoce realizado na população com TEA diminui o impacto no desenvolvimento da criança com autismo, proporcionando melhor desenvolvimento intelectual, cognitivo e físico, de modo a produzir um avanço na qualidade de vida, refletida na idade adulta, devido a maior autonomia nas atividades diárias. Contudo, se diagnosticado tardiamente, embora possa haver uma autoaceitação e autocompreensão, o indivíduo pode ficar vulnerável a sofrer as consequências psicossociais e uma piora nas alterações fisiológicas e de hipersensibilidade, bem como maior dificuldade de comunicação e concentração nas atividades diárias devido a demora para iniciar um tratamento adequado, que quando iniciado proporciona uma possibilidade de inclusão na comunidade autista, maior facilidade de acesso aos serviços e maior compreensão por parte dos demais indivíduos. Conclusão: salienta-se a importância de mais estudos com o enfoque nas particularidades da população adulta com TEA, visto que há um aumento expressivo nas taxas de prevalência de transtorno do espectro autista (TEA). Somado a isso, a falta de conhecimento sobre os padrões inicias do desenvolvimento da criança com TEA pode dificultar não só o diagnóstico precoce, mas também o acesso ao tratamento adequado e multidisciplinar, o que pode acarretar prejuízos durante toda a vida de cunho emocional, social e funcional.
Transtorno do Espectro Autista Adulto Diagnóstico Tardio Diagnóstico Precoce Qualidade de Vida
Primary Language | Turkish |
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Subjects | Neurosciences |
Journal Section | QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE EM UMA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR |
Authors | |
Early Pub Date | March 30, 2022 |
Publication Date | October 31, 2022 |
Submission Date | January 24, 2022 |
Acceptance Date | January 31, 2022 |
Published in Issue | Year 2022 Volume: 7 Issue: Special Issue |
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