Introdução: Na década de 80, em meio à redemocratização do país, surge o Vírus da Imunodeficiência Humana e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) uma epidemia grave e fatal, trazendo consigo questões sociais relacionadas, ao sexo, a morte, a discriminação e o preconceito. Em 1983 houve o aparecimento do primeiro registro de HIV/AIDS em mulher. Ao descobrir que possui o HIV/AIDS é conferido à mulher uma nova conscientização sobre si e sua vida, de modo geral, sentimentos angustiantes e de desesperança emergidos no momento da revelação do diagnóstico, transformam-se em experiência conforme ela conhece melhor a doença e suas implicações. Objetivo: Analisar as percepções das mulheres com HIV/AIDS sobre suas vivências e a dos profissionais de saúde sobre essa experiência de cuidado, para propor ações de intervenções em saúde. Método: Pesquisa de campo com abordagem qualitativa, realizada em um Centro de Testagem e Aconselhamento/Serviço de Assistência Especializada de uma cidade do interior do estado de São Paulo, Brasil. Utilizou-se para a coleta de dados um roteiro de entrevista semiestruturada com as mulheres e outro para os profissionais de saúde. A coleta foi realizada no período de 22 de julho de 2020 a 02 de outubro de 2020, após a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. A amostra da pesquisa seguiu o critério da saturação teórica. A análise dos dados ocorreu pela técnica de Análise de Conteúdo, modalidade temática. Resultados: Elencou-se seis categorias: 1) O momento da descoberta do diagnóstico, os sentimentos e emoções; 2) Laços de confiança que levaram ao contágio; 3)Vivendo com o HIV/AIDS e os recursos de acompanhamento; 4) (Des)conhecimentos quanto ao HIV/AIDS e a necessidade de educação em saúde e educação continuada; 5) O olhar do profissional de saúde em sua inserção no serviço e no cuidado das mulheres e 6) Serviços oferecidos pelo centro de especialidades e a compreensão quanto ao alcance das necessidades das mulheres. Foi possível observar a prevalência do contágio por HIV/AIDS por parceiro íntimo, muitas em período de gestação, existindo entre elas a surpresa pela notícia e medo da morte, suas percepções foram se modificando com o conhecimento sobre o vírus e o tratamento, como uma das principais dificuldades destaca-se o medo do preconceito e a discriminação. Quanto aos profissionais, relatam que o início do trabalho nesta especialidade ocorreu por meio de convite ou por motivos pessoais, como proximidade de sua residência. Percebem que o HIV/AIDS traz prejuízos à vida amorosa, social e profissional das mulheres, além disso, consideram que a presença do preconceito existe, inclusive por elas. Conclusão: Há necessidade da educação continuada aos profissionais de saúde, intervenção importante, que pode valorizá-los e contribuir com a qualidade do serviço de saúde. No que se refere às mulheres há necessidade de educação em saúde, visto que ainda demonstram desconhecimento sobre o vírus, formas de contágio e serviços oferecidas na unidade, para que possa assim ofertar melhorias na qualidade de vida das mesmas.
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida Mulheres Promoção da Saúde Modelos de Assistência à Saúde Pesquisa qualitativa
Acquired Immunodeficiency Syndrome Women Health Promotion Healthcare Models Qualitative Research
Primary Language | Turkish |
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Subjects | Infectious Diseases |
Journal Section | QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE EM UMA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR |
Authors | |
Early Pub Date | March 30, 2022 |
Publication Date | October 31, 2022 |
Submission Date | January 24, 2022 |
Acceptance Date | January 31, 2022 |
Published in Issue | Year 2022 Volume: 7 Issue: Special Issue |
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