Introdução: A pandemia da doença coronavírus 2019 (COVID-19), acomete em sua maioria o sistema respiratório, além de disfunções em outros sistemas do organismo, evoluindo com complicações graves, o que resulta em necessidade de cuidados intensivos. Em consequência ao longo período de internamento hospitalar, e a necessidade prolongada de suporte ventilatório, pode resultar diversos problemas, dentre eles o imobilismo, com consequente perda de massa muscular, aumento da chance do aparecimento de lesões por pressão, dor, depressão, fadiga, virando um ciclo vicioso. A fisioterapia tem um importante papel na prevenção e reabilitação, instaurando a capacidade funcional do paciente o mais precocemente possível. Considerando o quadro geral do paciente, seja ele motor, psicológico, emocional, o fisioterapeuta se depara com verdadeiro desafio, devido a dificuldade de manipulação e adesão dos pacientes à terapia proposta. Com intuito de auxiliar os profissionais em suas terapias e reduzir o tempo de internamento e a consequente sobrecarga dos serviços de saúde, os recursos tecnológicos estão sendo cada vez mais difundidos na área da saúde. Neste contexto a fisioterapia, tem inserido cada vez mais a realidade virtual (RV) em seus planos terapêuticos nos mais diversos níveis de atuação, até mesmo em pacientes sob cuidados intensivos. Objetivo: Avaliar os efeitos de uma única sessão de RV durante a sedestação à beira leito sobre a mobilidade funcional de pacientes diagnosticados com COVID-19, internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Método: Foram incluídos nesse estudo transversal randomizado, pacientes diagnosticados com COVID-19 e internados nas UTIs adulto do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais Wallace Thadeu de Mello e Silva da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG), a pesquisa foi aprovada sob o parecer n° 4.243.198 do Comitê de Ética em Pesquisa. Os pacientes foram divididos em dois grupos: GRV - posicionados em sedestação com os óculos de RV, e GSBL apenas sedestados à beira leito. Foi mensurada a mobilidade funcional através da escala do estado funcional em UTI (FSS-ICU) antes e após a sedestação, esta etapa da pesquisa foi feita por um pesquisador as cegas, após isso o paciente foi posicionado à beira do leito de acordo com o grupo que fazia parte. Foi convencionado três estímulos verbais dados pelo pesquisador para permanência na posição sentada, na quarta solicitação, posicionava-se o paciente deitado. Neste momento foram recoletados os dados da avaliação inicial pelo avaliador cego. Resultados: A amostra foi constituída por 40 pacientes (GRV n=20 e GSBL n=20). Com escore inicial pela FSS-ICU no GRV de 15,68 e no GSBL de 14,68 e final no GRV de 19,68 e no GSBL de 17,37, foram encontradas diferenças significativas antes e após a intervenção em ambos os grupos com (p<0,001), no entanto quando avaliado entre os grupos não foram encontradas diferenças significativas. Conclusão: Uma única sessão de RV no tratamento fisioterapêutico de pacientes internados em UTIs com diagnóstico da COVID-19, não ocasionou nenhuma resposta sobre a mobilidade dos pacientes sedestados à beira do leito.
COVID-19 Fisioterapia Realidade Virtual Limitação da Mobilidade Unidade de Terapia Intensiva
COVID-19 Physical Therapy Modalities Virtual Reality Mobility Limitation Intensive Care Units
Primary Language | Turkish |
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Subjects | Rehabilitation |
Journal Section | QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE EM UMA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR |
Authors | |
Early Pub Date | March 30, 2022 |
Publication Date | October 31, 2022 |
Submission Date | January 24, 2022 |
Acceptance Date | June 24, 2022 |
Published in Issue | Year 2022 Volume: 7 Issue: Special Issue |
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