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Clarice Lispector’un Água Viva başlıklı romanının oluşum belgeleri ve basılı gelenek

Yıl 2020, Sayı: Ö8, 614 - 640, 21.11.2020
https://doi.org/10.29000/rumelide.825943

Öz

Federal University of Mato Grosso, Cuiabá-MT’te Dil Çalışmaları Bölümü’nde savunulan doktora tezinden üretilen bu çalışma, Clarice Lispector'un Água Viva (1973) başlıklı eserinin oluşum belgelerinin ve basılı geleneğin çapraz yorumlayıcı bir okumasını sunmayı amaçlamaktadır. Amacımız, eserin metinsel gövdesinde, metin aktarım sürecinde yazarın stiline ve / veya eserin anlamına müdahale edebilecek bir değişiklik olup olmadığını teyit etmektir. Çözümleme iki aşamadan oluşmuştur: a) müsveddeler ile ilk baskı karşılaştırılmıştır; b) ilk baskı, basılı gelenekle karşılaştırılmıştır. Çözümlemede, Metinsel Eleştirinin teorik ve metodolojik yönelimi kullanılmıştır. (SPINA, 1977; BLECUA, 1983; CANDIDO, 2005; CAMBRAIA, 2005; SANTIAGO-ALMEIDA, 2015, 2016). Bulgularımız iki noktaya işaret etmektedir: 1973 yılında yayımlanan baskı, Lispector’un yazma “arzusunu” ve yazarın gerçek isteğinin içerik-şekil olarak izlerini taşımaktadır; bu durum, sadece görünen (sözel göstergeler) ile değil aynı zamanda “lispektoryan mizanpaj” olarak adlandırılan sayfanın beyaz boşluklarına yapılan yazımlarla ortaya koyulabilmektedir. İkinci nokta, giriş sayfasının yapısında sözel ve sözel olmayan karakterlerle yapılan ve hem yazarın tarzında hem de eserin anlamında müdahaleye delalet eden değişikliklere rastlandığından, başkalaşım (metamorfoz) olarak özetlenebilecek yazım işaretleri ile ilgilidir. Lispector, bir araştırma makalesi biçiminde yazmaya ve yazma alıştırmaları yapmaya düşkündür. Bu nedenle, Água Viva eserinin sonraki nesiller tarafından okunabilmesi ve en gerçek haliyle anlaşılabilmesi için tespit edilen değişiklikler gelecekteki yayınlarda dikkate alınmalıdır.

Kaynakça

  • Bakhtin, M. M. ([1920-24] 2010). Para uma filosofia do ato responsável. Tradução de Valdemir Miotello e Carlos Alberto Faraco. Organizado por Augusto Ponzio e Grupo de Estudos dos Gêneros do Discurso. São Carlos: Pedro & João Editores.
  • Bakhtin, M. M.; Volochinov, V. N. ([1929] 2009). Marxismo e Filosofia da Linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem. Prefácio de Roman Jakobson. Apresentação de Marina Yaguello. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 13. ed. São Paulo: Hucitec.
  • Barthes, R. ([1953] 1971). O grau zero da escritura. Tradução de Anne Arnichand e Alvaro Lorencini. São Paulo: Cultrix.
  • Bakhtin, M. M. ([1963] 2013). Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução de Paulo Bezerra. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
  • Bakhtin, M. M. ([1965] 2013). A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi Vieira. 8. ed. São Paulo: Hucitec.
  • Bakhtin, M. M. ([1975] 2010). Questões de Literatura e de Estética (A teoria do Romance). Tradução de Aurora Fornoni Bernardini et al. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 2010. Bakhtin, M. M. ([1979] 2011). Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes.
  • Barthes, R. ([1973] 2009). O prazer do texto precedido de Variações sobre a escrita. Lisboa – Portugal: Edições 70.
  • Barthes, R. ([1978-79; 2003] 2005). A preparação do Romance I: da vida à obra. Notas de cursos e seminários no Collège de France, 1978-1979. Texto estabelecido, anotado e apresentado por Nathalie Léger. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes.
  • Barthes, R. ([1980] 2012). A câmara clara: nota sobre a fotografia. Tradução de Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
  • Barthes, R. ([1984] 2004a). O rumor da língua. Tradução de Mario Laranjeira. Prefácio Leyla Perrone-Moisés. Revisão de tradução Andréa Stahel M. da Silva. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes.
  • Barthes, R. ([1987] 2004b). Incidentes. Tradução Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes.
  • Barthes, R. ([1982] 2015). O óbvio e o obtuso. Tradução de Isabel Pascoal. Lisboa: Edições 70.
  • Blanchot, M. ([1955] 2011). O espaço literário. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco.
  • Blecua, A. (1983). Manual de Crítica Textual. Madrid: Editorial Castalia.
  • Boeno, N. S. (2019). Cronótopo, diálogo e afiguração no romance Água Viva de Clarice Lispector. [Tese de doutorado, Universidade Federal de Mato Grosso]. In: https://drive.google.com/file/d/1wg2wE-NvW1PChvdtGVVneAFksRm2flzd/view
  • Candido, A. (2005). Noções de análise histórico-literária. São Paulo: Associação Editorial Humanitas.
  • Cambraia, C. N. (2005). Introdução à Crítica Textual. São Paulo: Martins Fontes. Derrida, J. (2010). Memórias de cego: o auto-retrato e outras ruínas. Tradução de F. Bernardo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
  • Gotlib, N. B. (2014). Clarice Fotobiografia. 3. ed. atual. São Paulo: Editora da USP.
  • Lispector, C. (1973). Água Viva. Rio de Janeiro: Artenova. ......................
  • Lispector, C. (1998). Água Viva: ficção. Rio de Janeiro: Rocco.........................
  • Lispector, C. (2017). Água Viva. 1. edição. Rio de Janeiro: Rocco. .........................
  • Lispector, C. (2019). Água Viva. Organização e prefácio de Pedro Karp Vasquez. 1. ed. com manuscritos e ensaios inéditos. Rio de Janeiro: Rocco.
  • Santiago-Almeida, M. M. (2015). Dom Casmurro, de Machado de Assis: Edição Crítica e Estudo de Variantes. Relatório de Estágio de Pós-Doutorado. Belo Horizonte: UFMG.
  • Santiago-Almeida, M. M. (2016). Nota sobre o estabelecimento de texto. In: ASSIS, Machado de. (2016). Dom Casmurro. Estabelecimento de texto de Manoel M. Santiago-Almeida. Introdução de Luís Augusto Fischer. 1. ed. São Paulo: Penguin Cblassics Companhia das Letras.
  • Sant’Anna, A. R.; Colasanti, M. (2013). Com Clarice. São Paulo: Editora Unesp.
  • Severino, A. E. (1989). As duas versões de Água Viva. In: Revista Remate de Males. (1989). Campinas. V. 9, p. 115-118.
  • Spina, S. (1977). Introdução à Edótica: Crítica Textual. São Paulo: Cultrix – Ed. da Universidade de São Paulo.

The genesis documents of the novel Água Viva by Clarice Lispector and the printed tradition

Yıl 2020, Sayı: Ö8, 614 - 640, 21.11.2020
https://doi.org/10.29000/rumelide.825943

Öz

This work aims to present a transversal interpretative reading of the genesis documents of the work Água Viva (1973) by Clarice Lispector and the printed tradition, an excerpt from our doctoral thesis in Language Studies defended at the Federal University of Mato Grosso, in Cuiabá-MT. Our aim was to verify if there was a change in the textual body of the work, in the text transmission process, that could interfere in the writer’s style and/or in the sense of the work. Our analysis performed in two stages: a) we compare the typescript with the first published edition; b) we compared the first edition in relation to the printed tradition. In this analysis, were used the theoretical and methodological orientation of Textual Criticism (SPINA, 1977; BLECUA, 1983; CANDIDO, 2005; CAMBRAIA, 2005; SANTIAGO-ALMEIDA, 2015, 2016). From the results, we highlight two considerations: the first concerns the edition published in 1973, which carries Lispector’s “desire” for writing and has the authority to be the content-form of the writer’s genuine will, not only for what it makes visible (the verbal sign), but by writing it in the white space of the page, what we call “lispectorian layout”; the second concerns the gesture of writing outlined as metamorphosing, since we notice in the testimonies changes in the architecture of the homepage in verbal and non-verbal characters, which denotes interference both in the author’s style and in the sense of the work. Lispector is devoted to writing, to writing practice, in the form of a research paper; therefore, the changes identified must be taken into account in future publications, so that the work Água Viva can be read by new generations and being appreciated in its most genuine form.

Kaynakça

  • Bakhtin, M. M. ([1920-24] 2010). Para uma filosofia do ato responsável. Tradução de Valdemir Miotello e Carlos Alberto Faraco. Organizado por Augusto Ponzio e Grupo de Estudos dos Gêneros do Discurso. São Carlos: Pedro & João Editores.
  • Bakhtin, M. M.; Volochinov, V. N. ([1929] 2009). Marxismo e Filosofia da Linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem. Prefácio de Roman Jakobson. Apresentação de Marina Yaguello. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 13. ed. São Paulo: Hucitec.
  • Barthes, R. ([1953] 1971). O grau zero da escritura. Tradução de Anne Arnichand e Alvaro Lorencini. São Paulo: Cultrix.
  • Bakhtin, M. M. ([1963] 2013). Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução de Paulo Bezerra. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
  • Bakhtin, M. M. ([1965] 2013). A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi Vieira. 8. ed. São Paulo: Hucitec.
  • Bakhtin, M. M. ([1975] 2010). Questões de Literatura e de Estética (A teoria do Romance). Tradução de Aurora Fornoni Bernardini et al. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 2010. Bakhtin, M. M. ([1979] 2011). Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes.
  • Barthes, R. ([1973] 2009). O prazer do texto precedido de Variações sobre a escrita. Lisboa – Portugal: Edições 70.
  • Barthes, R. ([1978-79; 2003] 2005). A preparação do Romance I: da vida à obra. Notas de cursos e seminários no Collège de France, 1978-1979. Texto estabelecido, anotado e apresentado por Nathalie Léger. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes.
  • Barthes, R. ([1980] 2012). A câmara clara: nota sobre a fotografia. Tradução de Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
  • Barthes, R. ([1984] 2004a). O rumor da língua. Tradução de Mario Laranjeira. Prefácio Leyla Perrone-Moisés. Revisão de tradução Andréa Stahel M. da Silva. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes.
  • Barthes, R. ([1987] 2004b). Incidentes. Tradução Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes.
  • Barthes, R. ([1982] 2015). O óbvio e o obtuso. Tradução de Isabel Pascoal. Lisboa: Edições 70.
  • Blanchot, M. ([1955] 2011). O espaço literário. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco.
  • Blecua, A. (1983). Manual de Crítica Textual. Madrid: Editorial Castalia.
  • Boeno, N. S. (2019). Cronótopo, diálogo e afiguração no romance Água Viva de Clarice Lispector. [Tese de doutorado, Universidade Federal de Mato Grosso]. In: https://drive.google.com/file/d/1wg2wE-NvW1PChvdtGVVneAFksRm2flzd/view
  • Candido, A. (2005). Noções de análise histórico-literária. São Paulo: Associação Editorial Humanitas.
  • Cambraia, C. N. (2005). Introdução à Crítica Textual. São Paulo: Martins Fontes. Derrida, J. (2010). Memórias de cego: o auto-retrato e outras ruínas. Tradução de F. Bernardo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
  • Gotlib, N. B. (2014). Clarice Fotobiografia. 3. ed. atual. São Paulo: Editora da USP.
  • Lispector, C. (1973). Água Viva. Rio de Janeiro: Artenova. ......................
  • Lispector, C. (1998). Água Viva: ficção. Rio de Janeiro: Rocco.........................
  • Lispector, C. (2017). Água Viva. 1. edição. Rio de Janeiro: Rocco. .........................
  • Lispector, C. (2019). Água Viva. Organização e prefácio de Pedro Karp Vasquez. 1. ed. com manuscritos e ensaios inéditos. Rio de Janeiro: Rocco.
  • Santiago-Almeida, M. M. (2015). Dom Casmurro, de Machado de Assis: Edição Crítica e Estudo de Variantes. Relatório de Estágio de Pós-Doutorado. Belo Horizonte: UFMG.
  • Santiago-Almeida, M. M. (2016). Nota sobre o estabelecimento de texto. In: ASSIS, Machado de. (2016). Dom Casmurro. Estabelecimento de texto de Manoel M. Santiago-Almeida. Introdução de Luís Augusto Fischer. 1. ed. São Paulo: Penguin Cblassics Companhia das Letras.
  • Sant’Anna, A. R.; Colasanti, M. (2013). Com Clarice. São Paulo: Editora Unesp.
  • Severino, A. E. (1989). As duas versões de Água Viva. In: Revista Remate de Males. (1989). Campinas. V. 9, p. 115-118.
  • Spina, S. (1977). Introdução à Edótica: Crítica Textual. São Paulo: Cultrix – Ed. da Universidade de São Paulo.
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Ayrıntılar

Birincil Dil İngilizce
Konular Dilbilim
Bölüm Dünya dilleri ve edebiyatları
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Neiva De Souza Boeno Bu kişi benim 0000-0001-9381-1467

Yayımlanma Tarihi 21 Kasım 2020
Yayımlandığı Sayı Yıl 2020 Sayı: Ö8

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APA Boeno, N. D. S. (2020). The genesis documents of the novel Água Viva by Clarice Lispector and the printed tradition. RumeliDE Dil Ve Edebiyat Araştırmaları Dergisi(Ö8), 614-640. https://doi.org/10.29000/rumelide.825943

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