Introdução – O suicídio é um tema tabu em nossa sociedade, um tipo de morte silenciado. O tabu parece aumentar quando se trata do suicídio de jovens, sendo a tratativa do tema um aspecto importante para o presente e o futuro da saúde mental da juventude brasileira. Objetivo - Identificar as Representações Sociais do suicídio de jovens em profissionais de saúde e da educação que atuam na cidade de Bonfim/ MG. Método - Foi efetivado um estudo de caso qualitativo alicerçado na análise de conteúdo temático-categorial à luz da Teoria das Representações Sociais. O estudo se deu através de entrevistas aprofundadas e semiestruturadas realizadas de forma online com profissionais da área pública da saúde e da área da educação da cidade de Bonfim/MG. A cidade foi escolhida por já ter sido considerada como “Cidade dos Calmantes” tendo a maior média nacional de consumo de calmantes por habitante. Outro motivo deu-se pelo intenso aumento do índice de suicídio de jovens na região. A partir do conteúdo das entrevistas, realizou-se um comparativo entre as representações sociais do suicídio em geral e as representações do suicídio de jovens. Resultados - Percebeu-se uma sobreposição de representações sociais do suicídio geral e junto das representações sociais do suicídio de jovens no que tange o abuso de substância (medicalização, álcool e outras drogas), o sofrimento psíquico e os relacionamentos interpessoais. No entanto, os relacionamentos tiveram maior ênfase no suicídio de jovens. Juntamente destas categorias se deu apenas sobre o suicídio de jovens a imaturidade, uma referência às características mais estigmatizadas da juventude. As quatro categorias formou o que poderia ser considerado como o núcleo mais central da representação social. A automutilação, a internet com o cyberbully foram tópicos que tangenciaram a discussão a respeito da morte por autolesão apenas do jovem. Conclusão – Foi possível identificar as representações sociais dos jovens e ressalta-se a importância do conhecimento sobre como lidar com a ideação suicida de jovens pelos profissionais da saúde e, em especial, pelos profissionais da educação que podem ter papel essencial como relacionamento protetivo. Coloca-se em questão a medicamentalização como estratégia de saúde mental institucionalizada pelo município e os possíveis efeitos disso no lidar das juventudes com suas questões. Faz-se um paralelo entre as indústrias de psicofármacos e o tráfico de drogas, tendo estes objetivos comuns como: o anestesiamento do mal-estar da vida e o vício em prol do lucro. Por fim, percebe-se que a prevenção do tema demanda aportes psicossociais, sendo necessário o envolvimento dos setores econômicos e estratégias de proteção social; logo configura-se como uma pauta que se dá além da saúde pública e mental.
Suicídio Juventude Saúde Mental Educadores Profissionais da Saúde
Birincil Dil | Türkçe |
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Konular | Psikoloji |
Bölüm | REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NA CONTEMPORANEIDAD |
Yazarlar | |
Yayımlanma Tarihi | 31 Ekim 2022 |
Gönderilme Tarihi | 24 Ocak 2022 |
Kabul Tarihi | 24 Haziran 2022 |
Yayımlandığı Sayı | Yıl 2022 |
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